quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

A PACIÊNCIA DA METÁFORA - A PLENITUDE DO ESPÊSSO

LÂMINA DO AUSTERO

quem perpetua a insónia - a lâmina do austero - pelo aéreo - a pólvora do obstinado -

sob o revólver - junto ao castanheiro - retoma o que se repercute - na íris - diafragma -

água e cegueira - sôpro indolente - da erva - ossos - animal gasto - penúria do nada ? -

NUDEZ DO INITERRUPTO

pelo corpo do ileso - o incongruente peso - da voz - tacto - inquietude do branco -

a escuridão do díspar - nudez - água do ininterrupto - cal - retina do ilimitado -

INCENDIUM AMORIS

sobre os lagos e os lameiros - a mente - os ditames da escrita - incendium amoris -

o estampido na neve - goteiras de zinco - lebre - a intangível sageza - dos arquivos -

PLENITUDE DO ESPARSO

ignoras a paciência da metáfora – a chama da luz rasgando - o som do estilhaço -

o que claudica - na pedra do augúrio - plenitude do esparso - irrefutável - nuvem ?-

PELICANO DO DESERTO

junto ao casario - em chamas - os alpendres - delimitando o céu - prateado -

as bétulas - pelicano do deserto - bosque do definitivo - oblíquo - inverso -

BAÚS DO EXAUSTO

sob os baús do exausto - os in-fólios - plenitude do espêsso - a eclosão do díspar -

nos confins da memória - a lâmina do indizível - penunbra - insaciável desabamento ?-

PEIXE INABITÁVEL

no que vislumbras - as reprêsas - o peixe inabitável - que se condensa no exímio -

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