Volúpia do cisne
Perpetuas a volúpia do cisne
Sobre os plátanos a lucidez
Do corpo quando te despes
Nuvens do obstinado
Que corpo fugaz se insinua
Nas nuvens do obstinado
Inebriado me arrebata
Ancas e ombros toda a temeridade
Voz da loucura
Dir-te-ei a voz da loucura
O corpo do inominável
A nudez do sumptuoso
Na penumbra dos sinais
Sussuro da voz
O que apazigua o incêndio
Na palavra escrita
O sussuro da voz
Alucinada
Umbral
De umbral em umbral – a erva nocturna – o inolvidável
O terrestre
Ignoras a apoteose do que resplandece
no tumulto - junto ao que ecoa - o terrestre
o tigre e o branco que nos sustém
- a pedra da loucura - onde a lucidez se perde
Sagesse
Sobreveio por completo a sagesse
A perspicácia das metáforas
Em meus versos exasperados
Réstia do branco
Escura e turva nuvem que me cobre
A nave o âmago da pedra sobre nada
A réstia do branco e o orvalho furtivo
A mão que acena sobre o que incendeia
Porto, 21 de Outubro 2009
Sem comentários:
Enviar um comentário