sexta-feira, 25 de junho de 2010

O TURVO VOCÁBULO

- O QUE FENECE NO BRANCO DO EXAUSTO

- A TOUTINEGRA E O BOSQUE

Sou a tília e o orvalho - o rumor das vagas - do mar - o tiro de revólver e as nuvens - do intransponível -

O que se refracta - ante a palavra justa - o turvo vocábulo – de antónio nobre – as lanchas dos poveiros e os vendavais -

A lamparina esmalte - no prenúncio da neve - a gralha furtiva - o lapis-lazzuli e o coral -

Sou a pedra evanescente - a luz sequiosa de junho - o alto - da encosta - o que subsiste inenarrável - no sol-poente -

A pertinência do dizer – de joyce - no que se dissipa - a lava e a espuma - no frenesim do incêndio – o pallio verde -

Sou a mansarda sobre a areia dormente - o que fenece - no branco - do exausto - imprevidente ?-

A luz insensata - no frémito das marés – a lua - o santo - a cobra - junto às águas-furtadas - a orquídea e o gerânio -

Na minúcia dos relâmpagos - a toutinegra e o bosque - os mapas do exausto e o sete-estrello - a sexta-feira de paixão -

Sou empédocles - o poeta-nato - o viandante - a lâmina nas pedreiras - a voz do tácito - várzea - em chamas -

Sobre a ponte mirabeau – o spleen - de outrora – o azul do céu - a palavra primigénia e oblíqua – de max jacob -

A saciedade do prado e do musgo - a rã dos açudes e o rinoceronte mudo - no alento do irreversível -


NUVEM, PEDRA DA ANGÚSTIA

O que sub jaz irresoluto - no torpor vocabular - da escrita - especulativa –
febril – (in)apreensível -

Na vicissitude do branco - ominipotente - o vasto tumulto - do incêndio - a opacidade da noite ? -

O bosque-tela - cúpula de luz – nuvem - pedra da angústia - a ciência do incomensurável ?-

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