domingo, 20 de junho de 2010

A INCONGRUÊNCIA DO EXACTO

EURÍDICE

Saber-me no irressoluto – no meio do mar - junto das cisternas – a espessa floresta – de eurídice –

Pelo livro marrom – na lâmina do tranquilo – a cal especulativa – voz branca do definitivo -

Cúpula de luz - sobre a vicissitude – dos versos - a incongruência do exacto –

Pedra húmida dos alpendres - a nave do incêndio - os arcos – os lampadários –


PEDREIRA

Tu estás diante de mim – no branco - inapreensível – da cal - a voz inflamada -

Já não posso voltar atrás - nem fixar-me no passado – pelas pedreiras – as telas - a erva do indizível -

Matei os meus bois – como um possesso - desferi o tiro da mauser – despropositado -

Sob o que deflagra – queimei o lar desabitado – os choupos - junto à água turva - o retábulo iluminado -

1 comentário:

  1. e de eurídice, fizeste-me agora lembrar caro alexandre "J`ai perdu mon euridice" pela voz fantástica de callas...e não existimos...

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