- O QUE FENECE NO BRANCO DO EXAUSTO
- A TOUTINEGRA E O BOSQUE
Sou a tília e o orvalho - o rumor das vagas - do mar - o tiro de revólver e as nuvens - do intransponível -
O que se refracta - ante a palavra justa - o turvo vocábulo – de antónio nobre – as lanchas dos poveiros e os vendavais -
A lamparina esmalte - no prenúncio da neve - a gralha furtiva - o lapis-lazzuli e o coral -
Sou a pedra evanescente - a luz sequiosa de junho - o alto - da encosta - o que subsiste inenarrável - no sol-poente -
A pertinência do dizer – de joyce - no que se dissipa - a lava e a espuma - no frenesim do incêndio – o pallio verde -
Sou a mansarda sobre a areia dormente - o que fenece - no branco - do exausto - imprevidente ?-
A luz insensata - no frémito das marés – a lua - o santo - a cobra - junto às águas-furtadas - a orquídea e o gerânio -
Na minúcia dos relâmpagos - a toutinegra e o bosque - os mapas do exausto e o sete-estrello - a sexta-feira de paixão -
Sou empédocles - o poeta-nato - o viandante - a lâmina nas pedreiras - a voz do tácito - várzea - em chamas -
Sobre a ponte mirabeau – o spleen - de outrora – o azul do céu - a palavra primigénia e oblíqua – de max jacob -
A saciedade do prado e do musgo - a rã dos açudes e o rinoceronte mudo - no alento do irreversível -
NUVEM, PEDRA DA ANGÚSTIA
O que sub jaz irresoluto - no torpor vocabular - da escrita - especulativa –
febril – (in)apreensível -
Na vicissitude do branco - ominipotente - o vasto tumulto - do incêndio - a opacidade da noite ? -
O bosque-tela - cúpula de luz – nuvem - pedra da angústia - a ciência do incomensurável ?-
sexta-feira, 25 de junho de 2010
domingo, 20 de junho de 2010
A INCONGRUÊNCIA DO EXACTO
EURÍDICE
Saber-me no irressoluto – no meio do mar - junto das cisternas – a espessa floresta – de eurídice –
Pelo livro marrom – na lâmina do tranquilo – a cal especulativa – voz branca do definitivo -
Cúpula de luz - sobre a vicissitude – dos versos - a incongruência do exacto –
Pedra húmida dos alpendres - a nave do incêndio - os arcos – os lampadários –
PEDREIRA
Tu estás diante de mim – no branco - inapreensível – da cal - a voz inflamada -
Já não posso voltar atrás - nem fixar-me no passado – pelas pedreiras – as telas - a erva do indizível -
Matei os meus bois – como um possesso - desferi o tiro da mauser – despropositado -
Sob o que deflagra – queimei o lar desabitado – os choupos - junto à água turva - o retábulo iluminado -
Saber-me no irressoluto – no meio do mar - junto das cisternas – a espessa floresta – de eurídice –
Pelo livro marrom – na lâmina do tranquilo – a cal especulativa – voz branca do definitivo -
Cúpula de luz - sobre a vicissitude – dos versos - a incongruência do exacto –
Pedra húmida dos alpendres - a nave do incêndio - os arcos – os lampadários –
PEDREIRA
Tu estás diante de mim – no branco - inapreensível – da cal - a voz inflamada -
Já não posso voltar atrás - nem fixar-me no passado – pelas pedreiras – as telas - a erva do indizível -
Matei os meus bois – como um possesso - desferi o tiro da mauser – despropositado -
Sob o que deflagra – queimei o lar desabitado – os choupos - junto à água turva - o retábulo iluminado -
quarta-feira, 16 de junho de 2010
OS OBSCUROS MAPAS DO EXASPERADO
Para onde quer que me volte – os obscuros mapas – do exasperado –
A insidiosa lâmina de pedra - o branco do sal – geometria do insone -
Demência que ficou - do unicórnio - enebriado - o rumor - da tocadora de harpa -
O falcão incendiado - a convulsão das palavras - as nuvens espessas do reverso -
A cal do exíguo - o fulgor visionário – dos livros gregos - os sinais do omisso -
Nesses versos esquivos - o navio trácio – a película inacessível - hostil -
O que explode inimaginável - e resvala na voz das aves - a música do exausto -
As anémonas - do absoleto - sob a noite - a cegueira do íngreme - funânbulo pretexto -
A branca cortina do inadiável - nesse embalo - a lâmpada do arcano - o fronstipício -
A insidiosa lâmina de pedra - o branco do sal – geometria do insone -
Demência que ficou - do unicórnio - enebriado - o rumor - da tocadora de harpa -
O falcão incendiado - a convulsão das palavras - as nuvens espessas do reverso -
A cal do exíguo - o fulgor visionário – dos livros gregos - os sinais do omisso -
Nesses versos esquivos - o navio trácio – a película inacessível - hostil -
O que explode inimaginável - e resvala na voz das aves - a música do exausto -
As anémonas - do absoleto - sob a noite - a cegueira do íngreme - funânbulo pretexto -
A branca cortina do inadiável - nesse embalo - a lâmpada do arcano - o fronstipício -
terça-feira, 8 de junho de 2010
Severo Sarduy
1.
Frente ao corpo reclinado - inenarrável - a lâmpada estilhaçada -
O branco da tela - insinuante - lâmina ofuscante - que se extravia -
Na luz do avesso - a voz de severo sarduy - a música do inalterado -
2.
Sob os seus pés - a cortina branca - do arcano - a voz incendiada -
O recife de pedra e a lucidez dos líquenes - na noite - o musgo -
Inerte - a cal do ar - a torre - a voz fastidiosa - do intransponível -
A palavra do omisso -o frontispício - a nave - do indecifrável -
Frente ao corpo reclinado - inenarrável - a lâmpada estilhaçada -
O branco da tela - insinuante - lâmina ofuscante - que se extravia -
Na luz do avesso - a voz de severo sarduy - a música do inalterado -
2.
Sob os seus pés - a cortina branca - do arcano - a voz incendiada -
O recife de pedra e a lucidez dos líquenes - na noite - o musgo -
Inerte - a cal do ar - a torre - a voz fastidiosa - do intransponível -
A palavra do omisso -o frontispício - a nave - do indecifrável -
segunda-feira, 7 de junho de 2010
A lâmina da blasfémia
Rente ao arco - a nave do discernimento - a abóboda iluminada –
Sob os gerânios tentar discernir a lâmina da blasfémia - inenarrável -
Saber-me próximo do fastidioso – na falésia de mármore - a dolência-
Junto ao teu rosto – frente ao promontório - a lucidez do ofuscante –
Sob os gerânios tentar discernir a lâmina da blasfémia - inenarrável -
Saber-me próximo do fastidioso – na falésia de mármore - a dolência-
Junto ao teu rosto – frente ao promontório - a lucidez do ofuscante –
Nuvem do exíguo
Prescruto (te) cioso - (exasperado) - ante o esparso – o couraçado potemkim -
Sob a aura do que cessa – o incêndio - na palavra estilhaçada - do despropósito -
Inadvertido o céu – da escrita - a pedra do transe - na luz sonânbula - que emudece -
A nuvem do inócuo – o sono - em seu corpo mercurial - o branco do sal - precipitado -
O que subjaz - febril - na limpidez do obscuro - o torpor da voz - nuvem do exíguo ? -
Sob a aura do que cessa – o incêndio - na palavra estilhaçada - do despropósito -
Inadvertido o céu – da escrita - a pedra do transe - na luz sonânbula - que emudece -
A nuvem do inócuo – o sono - em seu corpo mercurial - o branco do sal - precipitado -
O que subjaz - febril - na limpidez do obscuro - o torpor da voz - nuvem do exíguo ? -
sábado, 5 de junho de 2010
O OLVIDO E A MEMÓRIA
Sou paracelso e paul klee - o olvido e a memória - a espuma nocturna e o labirinto -
Sobre o que me cega - o exasperado fulgor - da tela - a resoluta fala - que acena - nos confins do falacioso -
Quem se costuma ao desvario - a abdicação - a mutabilidade da voz - a palavra saturada - impenetrável ? -
Sou o delírio e o lapso - a amnésia e o homem da câmara de filmar - o cisne e a rosa - o que se derrama - imprevidente - no espesso -
Conheço bem a bétula e a argila rûnica - sobre as águas – o que deflagra no incontido - em vladivostok -
Sou a neve derretida e o pêndulo insaciado - trotsky - o frémito do desassosego - a indizibilidade do relâmpago -
Contra os muros - a luz turva do discreto - o inapreensivel – a insónia da pedra e a voz do inadiável -
Sou os líquenes no alento da terra – a medusa e o corpo alado – de ossip mandelstam -o retábulo em chamas junto da cisterna - a ninfa do insone -
No que ignoro – o viajante em cada imagem - estremunhado - a veemência do peregrino e a intentio barroca -
Sou a lava e a erva insensata - a lama e o nada - para sempre - o malévolo e o insuperável -
Sou o revólver da decência e a nave do anónimo – o corvo e o sal – do ilícito – a alucinação das anémonas e carl th.dreyer -
No branco empedrado do ar - o que emudece – na vertigem - a concha muda e a lágrima contida - o que perpassa - na elegia -
Sobre o que me cega - o exasperado fulgor - da tela - a resoluta fala - que acena - nos confins do falacioso -
Quem se costuma ao desvario - a abdicação - a mutabilidade da voz - a palavra saturada - impenetrável ? -
Sou o delírio e o lapso - a amnésia e o homem da câmara de filmar - o cisne e a rosa - o que se derrama - imprevidente - no espesso -
Conheço bem a bétula e a argila rûnica - sobre as águas – o que deflagra no incontido - em vladivostok -
Sou a neve derretida e o pêndulo insaciado - trotsky - o frémito do desassosego - a indizibilidade do relâmpago -
Contra os muros - a luz turva do discreto - o inapreensivel – a insónia da pedra e a voz do inadiável -
Sou os líquenes no alento da terra – a medusa e o corpo alado – de ossip mandelstam -o retábulo em chamas junto da cisterna - a ninfa do insone -
No que ignoro – o viajante em cada imagem - estremunhado - a veemência do peregrino e a intentio barroca -
Sou a lava e a erva insensata - a lama e o nada - para sempre - o malévolo e o insuperável -
Sou o revólver da decência e a nave do anónimo – o corvo e o sal – do ilícito – a alucinação das anémonas e carl th.dreyer -
No branco empedrado do ar - o que emudece – na vertigem - a concha muda e a lágrima contida - o que perpassa - na elegia -
sexta-feira, 4 de junho de 2010
Jacob partiu
Repetiam sem pausa “Amen”
Enclausurados na antiga Cripta
Permaneciam fixos com a alma dada
E a sensualidade amordaçada
Para que Deus estavam eles virados?
O Poeta morreu, mas jazia entranhado
Em cada pedra exaltada
Outrora por aquele mal-amado,
Daqueles que queriam a verdade.
“Como Senhores, permanecem ainda por aí
Nessa ilha impalpável,
Labirinto de pensamentos cruzados,
No meio dessas Gárgulas de pedra fossilizadas?
Como viveram com a negação da Puberdade,
O enterro de todo passado,
O odor da vulva nunca ousado,
O Labor como única armada
E o esquecimento como meta alcançada?
Continua ele a vaguear nesse lugar falado?
Subterrâneos ocultos àqueles á terra fixados
Os Dados serão lançados até ao tempo inalcançável
Quem os calará?
Elisabete Pires Monteiro
No branco, o olvido
Quem perscruta o corpo do exausto - a pedra irreconhecível – o incessante - a intangibilidade do osso -
Sob as cúpulas - as naves do convincente - lembra as nereides – cartago e shakespeare -
Ante o que se apressa na nuvem do exausto - a palavra do omisso - o que se extinguiu - na putrefacção - o pão do incontido ? -
Quem permanece insaciado - no branco - o olvido - o que se dilui - impronunciável -apaziguante -
Por entre o definitivo cede à luz do insuperável - a voz do intransponível – bizâncio -
Em desvairo retoma a cegueira – o sal do opaco - o desbastado - as arcas do inacessível ? -
Sob as cúpulas - as naves do convincente - lembra as nereides – cartago e shakespeare -
Ante o que se apressa na nuvem do exausto - a palavra do omisso - o que se extinguiu - na putrefacção - o pão do incontido ? -
Quem permanece insaciado - no branco - o olvido - o que se dilui - impronunciável -apaziguante -
Por entre o definitivo cede à luz do insuperável - a voz do intransponível – bizâncio -
Em desvairo retoma a cegueira – o sal do opaco - o desbastado - as arcas do inacessível ? -
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