entre as túlipas deslizo imperturbado na voz humecida o inflexível corpo
torno-me esquivo emerso na linguagem do silêncio e quiçá da morte
rendido ao arcano maior do tarô as imagens do anónimo escuto schoenberg
sobre a erva me reclino na luz pelo canto matutino o sono denso o rastro do imensurável
adormeço cada noite sobre as marés no branco que enlouquece a pedra incandescente
ante a música do irrecuperável perco-me na boca sequiosa a areia branca e intranquila
visualizo o odor febril e doce no esgar da nudez permeço à tua espera absorto
por sobre o intransferível transporto o fulgor do ininterrupto o alarme das nuvens e isso é tudo
Sem comentários:
Enviar um comentário