segunda-feira, 6 de junho de 2011

RECÔNDITA ARTE - GAIO SABER - LUZ DO OLVIDO -

O TORDO E O BOI - NA NEBLINA - GRALHA DO OBSTINADO - O FENO E OS MUROS -

A Maria Estela Guedes evocando a "alquimia" que tinha também o nome de Agricultura celeste e os seus Adeptos o de Lavradores

1.

Língua das pedras - gaio saber - luz do olvido - arcano maior - corpo dúbio -

Despercebida voz do fidedigno - as aves e o cervo - à beira do caminho -

O monte de calcário - para o céu - gralha do obstinado - o feno e os muros -


2.

Campo ceifado - inflexível ecrã - cálido fulgor - do branco - a desmedida do grito -

O pastor e o gado - do aéreo - yin e yang - as pegadas nas nuvens - do disperso -

Espessa luz - do desconhecido -conjecturas - placenta do anónimo - solve et coagula -

3.

Humidade do bosque - quietude da chama - irremediável - fala - remoinho de água -

Pela borda - do prado - o pertinaz fulgor - do ígneo - o som - orfandade da acácia -


4.

O tordo e o boi - na neblina - ebriedade da mente - floresta e campos lamacentos -

Sob o incêndio - a saciedade do verme - ímpeto - da erva daninha e do carvalho -

5.

A porta franqueada da torre e os ramos de jacinto - carpas pela água do irresolúvel -

Mapas do comedido - porcelanas - sais- - a lâmina e o arcabuz - ociosidade do arado -

6.

A água do inalterável - nesta colina - ar nas entranhas - alcateia - dizer do incontido -

Poço que me domina - inútil voz - do insaciável - recôndita arte - larva que incandesce-

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