terça-feira, 10 de maio de 2011

CRISE DECISIVA - UNÂNIME OBSCURO - ARITMÉTICA DO INFAME

1.

Quem desfila - apressado - no meio de uma tempestade - em chamas - antevê -

O palco - da inépcia? - A nuvem suicida - do sono - a morfina - sumptuoso - animal -

E sob a curva do céu - vem pedir socorro? - Ilumina - a retina - mente - senil ? -

Quem fixa a inadiável cegueira - do visível? - Frente ao decrépito - perpetua -

De novo o inócuo - e o insignificante? - Nos confins do infame - o transe ? -


2.

Entre os códices do exacerbado - o voo dos corvos e das carpas - a lucidez do recôndito -

Este saber do incauto - sobre as cisternas - do irecuperável - o revólver - a erva e o caule -

Lâmpada de cal - na argila rasa - os ditames do díspar - canais e levadas - imagens do parco -


3.

Quem perpetua o abismo iminente - este naufrágio sem espectador - o nada e o aquém? -

No emanharado - da comercialização maciça - vislumbra - a aritmética do infame? -

E sucumbe ao ardil bancário - a insensatez? - Na errância - perambular - donde vem? -

Desperto e incissivo - se extenua - na clareza - do hostil - o labor do sacrílego? -


4.

Em vão procuro a enfastiada lucidez - o detalhe - que me cega - entre - visto -

A crise decisiva é algo de crónico na humanidade - a intransigência vacila -

Nenhum tempo é justo - o vazio se propaga - o logro - a indigente lucidez -

O unânime – obscuro - golpe e ferida – que esqueço - viscosidade do anônimo -

5.

Estou apto para o circum-mundo - a torre de pedra - a casa cárcere - o patíbulo -

Nessa nudez - na calle - o sentimento que prevalece é de um fim - de uma extinção –

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